Companhia aérea com prejuízo no primeiro semestre do ano
A TAP S.A. registou um prejuízo de 582 milhões de euros no primeiro semestre de 2020. Este valor compara com um resultado líquido negativo de 112 milhões apurado em igual período de 2019.
Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a TAP divulgou os resultados consolidados relativos ao primeiro semestre do ano, cuja operação e resultados foram “significativamente impactados pela quebra de atividade a partir de março”, face à pandemia.
“A COVID-19 causou enormes prejuízos a toda a economia e à indústria de transporte aéreo em particular, com a TAP S.A. a registar um resultado líquido consolidado negativo de 582 milhões de euros no primeiro semestre de 2020, o que representa 96% do resultado líquido do primeiro semestre do Grupo TAP (consolidado da TAP SGPS), que foi negativo em 606 milhões de euros”, lê-se no comunicado.
A empresa sublinha que, em janeiro e fevereiro, antes dos meses de confinamento, os principais indicadores operacionais apontavam para a manutenção da tendência de crescimento da companhia área. Já se tinha observado esta tendência no segundo semestre de 2019, com mais 13,4% de passageiros transportados, face aos mesmos meses do ano anterior, a procura expressa em RPK (‘revenue passenger kilometers’, ou número de quilómetros percorridos por passageiro) a crescer 18,1% e a capacidade (em ASK, ‘available seat kilometers’, ou capacidade total de assentos disponíveis em cada voo de uma companhia aérea em quilómetros) a crescer 15%, segundo noticia a Lusa.
“A quebra de atividade verificada a partir de março de 2020, em resultado da pandemia de COVID-19, mais do que eliminou a boa ‘performance’ observada nos primeiros dois meses do ano, impactando muito negativamente a ‘performance’ da TAP no primeiro semestre”, refere a empresa.
A TAP anunciou ainda que o resultado líquido negativo registado nos primeiros seis meses do ano foi agravado pelos custos de excesso de cobertura de combustível (‘jet fuel’) no valor de 136,3 milhões de euros. Este valor diz diz respeito a contratos fixos para aquisição de combustível que tiveram de ser mantidos, apesar da operação ter praticamente parado.