877 mil trabalhadores em lay-off
O número de trabalhadores atualmente em ‘lay-off’ simplificado é de 877 mil, o que corresponde a cerca de 25% da população ativa do setor privado. O número foi divulgado ontem pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, durante uma audição na comissão de Trabalho e Segurança Social.
Para Ana Mendes Godinho, a comparação deste universo de 877 mil pessoas que estão neste momento abrangidas pelo ‘lay-off’ simplificado com os números do desemprego indica que aquela medida excecional “teve capacidade de reter e manter postos de trabalho”.
A ministra salientou que esta medida cumpriu o objetivo do Governo de garantir e criar “instrumentos que servissem de almofada para que os números de desemprego não disparassem”. Em junho, concluiu Ana Mendes Godinho, registou-se “alguma desaceleração” no crescimento do desemprego.
No entanto, o desemprego continua a ser uma área que exige preocupação. “Procurámos com estas medidas garantir que tínhamos instrumentos que servissem de almofada para que os números de desemprego não disparassem”.
O lay-off simplificado terminava inicialmente em junho, mas foi recentemente prorrogado ate ao final de julho. A partir do mês de agosto, a medida vai continuar a ser possível apenas para as empresas que permanecem encerradas por obrigação legal.
Complemento de estabilização vai chegar a 470 mil trabalhadores
O complemento de estabilização, que vai ser pago este mês aos trabalhadores que estão em ‘lay-off’, vai chegar a cerca de 470 mil pessoas. De acordo com Ana Mendes Godinho este apoio, dirigido a quem tem um salário superior a 635 euros e até 1.270 euros, será pago no final de julho.
“O complemento de estabilização, previsto no Programa de Estabilização Económica e Social, a quem esteve em 'lay-off', será pago no final de julho e [tem] previsão de chegar a cerca de 470 mil trabalhadores”, precisou Ana Mendes Godinho, de acordo com a Lusa.
Este complemento dirige-se às pessoas abrangidas quer pelo ‘lay-off’ simplificado quer pelo ‘lay-off’ normal (do Código do Trabalho).
Estes trabalhadores vão receber, em julho, um complemento de estabilização que varia entre 100 euros e 351 euros e é dirigido a quem tem um salário superior a 635 euros e até 1.270 euros.