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Travão a fundo na economia mundial

Travão a fundo na economia mundial

16 Abr, 2020

Zona Euro deverá cair 7,5%


A economia mundial irá travar a fundo este ano. O Fundo Monetário Internacional prevê a pior crise desde a Grande Depressão, dos anos 30 do século XX, com a economia mundial a recuar 3%. A queda na Zona Euro rondará os 7,5%.

Estas previsões do Fundo Monetário Internacional já incorporam o impacto do COVID-9 e as diversas medidas já anunciadas para a combater.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional, o impacto será “muito maior do que durante a crise financeira de 2008/2009”. Para o próximo ano, poderá recuperar 5,8%, mas não volta ao nível pré-crise, já que a riqueza das economias mundiais será no final desse inferior à que existia antes da pandemia.

“Esta crise não é igual a nenhuma outra. Primeiro porque o choque é muito grande e geral. A perda de produção associada à emergência na saúde e às medidas de contenção irão provavelmente eclipsar as perdas geradas pela crise financeira global. Em segundo, tal como numa guerra ou crise política, existe uma acentuada e contínua incerteza sobre a duração e a intensidade do choque. Em terceiro, as atuais circunstâncias exigem um papel muito diferente das políticas económicas. Em crises normais, os políticos tentam encorajar a atividade económica, estimulando a procura agregada o mais depressa possível. Desta vez, a crise é em grande provocada pelas consequências das necessárias medidas de contenção. Isto faz com que estimular a economia seja muito mais desafiante”, escreve o FMI.

A recessão abrangerá a generalidade das economias e blocos económicos, com algumas exceções na Ásia. A China, por exemplo, deverá crescer apenas 1,2%.

Será na Europa que se vão sentir alguns das maiores quedas estimadas para o Produto Interno Bruto. A Zona Euro como um todo deverá recuar 7,5%. A Itália, primeiro país europeu a ser confrontado com a pandemia, deverá contrair 9,1% este ano. Para a Espanha, o FMI antecipa uma recessão de 8%. As economias francesa e alemã deverão perder na casa dos 7%.

Apesar de o Reino Unido e dos Estados Unidos surgirem neste momento como os países mais atingidos pela COVID-19, sobretudo no número de mortes, as previsões do FMI para estas economias apontam para quedas menos acentuadas de 6,5% e 5,9%, respetivamente.


O “pesadelo” Português

Para Portugal, o FMI anuncia uma queda do Produto Interno Bruto de 8% este ano. Já o desemprego deverá disparar para 13,9% até ao final de 2020. Os técnicos do Fundo apontam para uma retoma de 5% na economia portuguesa para 2021 e para uma queda da taxa de desemprego para os 8,7%.

O FMI defende que os países mais expostos à atividade turística vão estar entre os que mais vão sofrer.


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