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Geração 5.0 Eduardo Serzedelo da Hirundo

Geração 5.0 Eduardo Serzedelo da Hirundo

6 Mar, 2024

Conheça Eduardo Serzedelo da Hirundo


Eduardo Serzedelo é licenciado em direito na Universidade Católica Portuguesa e frequentou um MBA no INSEAD. A paixão pelos sapatos e o orgulho da indústria nacional foram os ingredientes para a criação da Hirundo, uma marca de sapatilhas produzidas em Portugal com importantes preocupações ambientais. A marca é carbon neutral e certificada com o carimbo B Corp.

Como surgiu a ideia de criar a Hirundo?
Sempre fui apaixonado pelo mundo dos sapatos e das sapatilhas. Divertia-me a estudar os diversos métodos de construção e o seu impacto na durabilidade e conforto. Por outro lado, sempre me encheu de orgulho a qualidade do que somos capazes de fazer na área do calçado cá em Portugal e cedo me apercebi que faltava uma marca que valorizasse o know-how português na área do calçado.

Durante a pandemia, fechado em casa, com mais tempo para refletir, lancei-me para a criação de uma marca que não só respeitasse esta tradição, como também respeitasse o ambiente, quem a produz e usasse os melhores e mais sustentáveis matérias portugueses! Acabámos com umas sapatilhas em que todos os componentes são produzidos a 50km da fábrica que produz os sapatos!

Como definiria a marca e como se distingue no mercado?
A crise pandémica por um lado abriu-nos os horizontes de uma forma que nunca achámos ser possível! Enquanto sociedade começamos a questionar as cadeias de produção baseadas no oriente. Começamos a valorizar o local. Cada passeio na natureza passou a ser especial. A Pandemia de certa forma ajudou a definir o que deveria ser a Hirundo.

A Hirundo é ostensivamente Sustentável e Portuguesa.

Quais têm sido os maiores desafios até agora?
A primeira dificuldade começou com o lançamento durante a pandemia. Nem sempre era possível ver os materiais, os protótipos ou mesmo as pessoas ao vivo. Posteriormente, ainda durante a pandemia, e com a agravante a guerra na Ucrânia, o abastecimento em matérias também se tornou mais difícil. Uma aposta que fizemos que compensou largamente foi a nossa cadeia de abastecimento local. Estar perto da fábrica e de todos os seus componentes permitiu-nos reajustar muito rapidamente aos problemas que foram aparecendo!

Tivemos um problema com o fornecimento das solas e, trabalhando em conjunto com o fornecedor, conseguimos uma solução alternativa em menos de 24 horas. Teria sido impossível se não tivéssemos feito esta aposta desde o início.

Com isto, conseguimos também ter produções muito mais ágeis e ter muito menos desperdício de matéria-prima de inventário o que tem um impacto muito menor na pegada carbónica (somos certificados carbon neutral).

Outra grande vitória em 2023 foi conseguirmos implantar em Portugal o nosso programa de reparações de sapatos. Logisticamente tivemos de ultrapassar algumas barreiras, mas já temos tido clientes a pedirem-nos para repararmos as suas sapatilhas e o programa está operacional! Com estas iniciativas obtivemos também o prestigiado certificado B Corp!

Quais os projetos para o futuro da Hirundo?
Costumo dizer que a sustentabilidade é um caminho e não um fim. Estamos sempre a identificar pontos de melhoria e a, de forma sistematizada, atacá-los para transformar o nosso produto mais amigo do ambiente e os nossos processos mais respeitadores das comunidades que afetam. Temos melhorado muito desde 2023 e em 2024 temos alguns projetos para continuar a melhorar.

Relativamente à gama, queremos expandir de forma a complementar os produtos atuais e a melhor servir os nossos clientes. Finalmente, para 2024, em termos de vendas, queremos expandir os pontos de venda no estrangeiro de forma a ganhar visibilidade em certos mercados chave, como França, Alemanha, Bélgica, Espanha ou Reino Unido.

Que conselho daria a um jovem que está a começar uma marca?
“Be careful whose advice you buy…”


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