O final de 2023 foi de celebração para a Hirundo. Depois de em 2022 se terem instalado na EmbaiXada do Príncipe Real, em Lisboa, em dezembro a marca de calçado passou a ter mais um espaço próprio, no número 73 do Largo dos Loios, no Porto. “Curiosamente, a Hirundo nasceu no Porto, onde sempre estivemos sediados. O facto de continuarmos presentes no sítio onde nascemos representa tudo aquilo que somos como marca”, avançou o co-fundador da Hirundo, Eduardo Serzedelo, à NiT. “Tivemos em consideração o dinamismo cultural da cidade e o estilo de vida vibrante, o que nos motivou a trazer as nossas sapatilhas para este cenário.”

A Hirundo nasceu em dezembro de 2021, com um objetivo muito concreto: criar sapatilhas sustentáveis, produzidas com materiais reciclados ou recicláveis. Além disso, honrar a tradição da produção de calçado em Portugal com uma marca que desse resposta às novas tendências mundiais de consumo eram algumas das metas dos irmãos Eduardo e Filipe Serzedelo e de Pierre Stark e Ann Massal, os nomes responsáveis pela criação da marca.
A nova marca apresentava, então, apenas um único modelo, disponível em 11 cores. A parte superior e o forro de cada modelo são produzidos com couro certificado pelo Leather Working Group e a sola exterior é composta por borracha sintética reciclável, extraleve e macia.

A marca tinha, desde o início, a certificação Carbon Neutral (que confirma que a empresa compensa integralmente as emissões de carbono), uma vez que por cada sapato produzido a Hirundo planta uma árvore.

Logo na coleção de lançamento, a marca vendeu metade das sapatilhas do lote apenas no espaço de um mês. O sucesso foi imeditado: pouco tempo depois, a Hirundo já chegava a mais de 30 de países. Foi aí que Eduardo e Filipe perceberam que a marca tinha mais desafios pela frente.

As propostas destacam-se pelo desenho minimalista e com uma identidade própria. As sapatilhas brancas, fabricadas em couro, apresentam solas de borracha sintética reciclável, em tons vivos e contrastante.

A criação da Hirundo
Hirundo tem origem no latim e significa andorinha. O nome não foi escolhido em vão e está intrinsecamente ligado com a histórias dos fundadores da marca e a sua conexão com as aves migratórias. Tal como estes pássaros voltam “a casa” ano após ano, durante a primavera, também Eduardo e Filipe Serzedelo o fizeram durante anos. Depois de um período a trabalhar no exterior, em países como o Brasil ou a Inglaterra, os irmãos retornaram às origens e, em parceria com dois sócios, Pierre Stark e Ann Massal decidiram lançar a marca.
Os modelos foram apresentados pela primeira vez ao mudo em dezembro de 2021, através de uma plataforma de crowdfunding. Como explicam à revista NiT, “Criámos o Kickstarter por duas razões: primeiro porque nos permitiu ganhar maior visibilidade. Logo no primeiro mês vendemos 35 mil euros, o que, para uma marca que não existia e com mais de 50 por cento dessas vendas a virem do estrangeiro, não está mau”.
As geografias onde chegam os sapatos da Hirundo são muito variadas: Estados Unidos da América, Alemanha, Reino Unido, França, Nova Zelândia, Ilha da Reunião são apenas alguns.